sábado, 24 de setembro de 2011

Jovens participam de conferências regionais

Setenta e quatro municípios pernambucanos já estão discutindo o protagonismo juvenil. São mais de 11 mil jovens, de diversas realidades, que participaram das Conferências Municipais da Juventude. As cidades que ainda não têm representantes para as próximas etapas – conferências regionais e estadual – ainda podem participar.
A Secretaria Estadual da Criança e da Juventude (SCJ) enviou ofício às prefeituras e ONGs desses municípios com fichas de inscrições. Os jovens que se interessarem poderão procurar a prefeitura.
De acordo com a coordenadora Geral da Conferência Nacional da Juventude, Ângela Guimarães, em todo o País já foram realizadas mais de 600 conferências municipais. O cronograma agora está voltado para as territoriais que abrangerão os jovens que vivem nos territórios rurais, ribeirinhos, quilombolas, indígenas, de povos e comunidades tradicionais.
Esses encontros têm por objetivo ampliar e qualificar a participação desses povos e valorizar e consolidar as experiências de institucionalização do debate das políticas públicas de juventude no âmbito dos territórios da Cidadania e da Identidade. As propostas desses encontros serão levadas para a Conferência Estadual que acontecerá nos dias 29 e 30 de outubro e 1º de novembro, no Recife. Os resultados serão encaminhados para o Plano Nacional de Juventude e o Estatuto da Juventude que estão em tramitação no Congresso Nacional.
As próximas conferências regionais acontecem no dia 30 de setembro a 1º de outubro, em Salgueiro; 4 e 5 de outubro em Carpina; 7 e 8 de outubro em Caruaru; e 21 e 22 de outubro em Igarassú.
Fonte: http://www.blogdomagno.com.br/


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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO



Dia 29 de setembro comemoramos o dia do Arcanjo São Gabriel - anjo da anunciação - e a nossa Paróquia São José do Carpina comemora o dia da Pastoral da Comunicação.
Nós que fazemos a PASCOM convidamos a todos a não esquecerem o lema da Pastoral: Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova a toda criatura (Mc 16, 15) 

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Caminhada da Bíblia

A Paróquia São José convida a toda comunidade carpinense e demais comunidades das cidades circunvizinhas a participarem no próximo domingo, às 18:00h, da Caminhada da Bíblia, saindo da Capela Nossa Senhora da Conceição em direção à Matriz de São José. Nosso Pároco, Pe Cezar, pede que levemos as nossas Bíblias.

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Esse é o dia que o Senhor fez para nós

“Louvai ao Senhor porque Ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia”. (Sl 117, 1)

Apesar de todas as tentações que venham a cair sobre ti tenha em mente que o Senhor não te abandona, nem tão pouco te deixa vacilar. Em meio às tribulações e nos momentos de angústia ou sofrimento repita “O Senhor é a minha força e, minha coragem; Ele é o meu Salvador” (Sl 117, 14). Porque Deus não te deu um espírito de escravidão, mas seu amor nos libertou de todas as opressões através do sacrifício de Cristo na cruz do calvário. Confiantes na certeza de que o Senhor nos ama e que nos concedeu uma condição filial louvemos e adoremos a Deus, porque Ele é bom e eterna é a sua misericórdia.
Ressuscitado Jesus vence a morte e todos os empecilhos da vida. Em Cristo somos libertos do pecado e de todo o mal que possa se abater contra nós. O sacrifício de Jesus é para nós o começo de uma vida plena no amor e na Graça do Espírito Santo. Deus se doa totalmente a nosso favor e nos oferece as oportunidades para desfrutarmos de suas bem aventuranças. No entanto, a humanidade ainda se encontra aprisionada às algemas do pecado. Preferem copiar os modismos a se entregar de corpo e alma aos projetos do Pai. No entanto quem segue confiante no Deus da vida terá uma recompensa gloriosa. Esse é o dia que o Senhor fez para nós! Liberte- se do homem velho que te aprisiona e se revista das vestes do cordeiro imolado. Exultemos e alegremos nessa certeza: “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele”(I Jo 4,16,b).


Colaboração da Pastoral da Juventude Salesiana (PJS) da paróquia de São José do Carpina

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Frutos e virtudes do Espírito Santo



Jesus diz que enviava os discípulos para serem sal, luz e fermento na massa. Pede ainda que eles produzam frutos, a árvore que não produz frutos será cortada e depois queimada, em Jo 15, 16- Ele constituí todos nós para produzir frutos e que nosso fruto pudesse permanecer. Que frutos você tem gerado meu irmão? Você sabe quais são os frutos do Espírito Santo e quais são os da carne? Os frutos são as virtudes teologais: fé, amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, doçura, domínio de si. Esses são os frutos que recebemos pelo Batismo, mas são apenas luzes que precisam crescer, serem acesas a cada dia na chama do Espírito Santo. Não precisamos ter medo por que é um fogo que queima, mas não consome, ou melhor, dizemos que consome o pecado e a impureza.
Precisamos também das virtudes cardeais, elas são importantes para aqueles que querem uma vida de santidade, encontrada na oração pessoal. São elas: justiça, temperança, fortaleza e prudência. Esta justiça em resumo é o amor e está ligada as virtudes teologais. A prudência se assemelha a sabedoria, é examinar tudo, separar o trigo do joio e pensar antes de agir. (Adaptado do Livro Orai sem Cessar, autor Gilberto Gomes Barbosa)

Colaboração da Pastoral da Juventude

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

São Pedro foi “apenas” um Presbítero e não o Primeiro papa?



Em vários sítios de apologética protestantes, muitos textos contra o primado de Pedro vêm falando que Pedro Príncipe dos Apóstolos se denominava um simples presbítero logo não gozava de nenhuma suprema autoridade sobre a Igreja, o que não lhe fazia  em nada um Papa, apenas um simples sacerdote da Igreja.
O texto em que se baseiam é 1 Pedro 5, 1 onde lêem “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:” (Tradução João Almeida)
Presbitero em algumas Igreja protestantes “reformadas” diz respeito ao  líder espiritual de uma comunidade, algumas outras afirmam que presbitero é um pastor.
Na Igreja católica o título prebítero é  atribuido aos padres ordenados.
Mas será que Pedro quis dizer realmente que ele era um presbítero no sentido de um simples pastor da Igreja? Vamos fazer uma exegese mais acurada do texto em grego:
Πρεσβυτέρους τοὺς ἐν ὑμῖν παρακαλῶ ὁ συμπρεσβύτερος καὶ μάρτυς τῶν τοῦ χριστοῦ παθημάτων, ὁ καὶ τῆς μελλούσης ἀποκαλύπτεσθαι δόξης κοινωνός· (1Pe 5, 1 )
A palavra Πρεσβυτέρους (do grego antigo “πρεσβύτερος” de “πρέσβυς”) em negrito no texto, apesar de se pronunciar como “presbíteros” tem sua tradução não como “presbítero” como vulgarmente entendemos hoje, como um simples sacerdote da Igreja, mas sua real tradução significa, “Ancião”, logo Pedro não estava falando como um simples presbítero como imaginamos hoje, mais sim como um ancião que foi testemunha da paixão de Cristo.
E um presbítero , nas igrejas cristãs primitivas, era cada um dos anciãos aos quais era confiado o governo da comunidade cristã.

Fonte: Confira o texto na íntegra acessando a Bíblica Católica News


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A Eucaristia é “antídoto” de amor ao egoísmo e à indiferença do homem, disse Bento XVI



ANCONA, 11 Set. 11 / 03:01 pm (ACI/EWTN Noticias)

Ao presidir na manhã do dia 11 de setembro  (hora local) a Missa de clausura do 25° Congresso Eucarístico Nacional italiano realizado em Ancona, o Papa Bento XVIexplicou que a Eucaristia, dom do amor de Deus, é um “antídoto” ao individualismo, egoísmo e indiferença que afetam o homem no mundo de hoje.
A nota da Rádio Vaticano refere que o Papa afirmou que a Eucaristia é o caminho para recuperar a primazia de Deus na vida cotidiana, já que “a comunhão eucarística, queridos amigos, arranca-nos de nosso individualismo, comunica-nos o espírito de Cristo morto e ressuscitado, conforma a Ele”.


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terça-feira, 6 de setembro de 2011

“Um domingo com Missa é uma semana com Deus!”

O Evangelho desse domingo falou da responsabilidade que temos com a vida do nosso próximo. Como cristãos, temos o dever de ajudar nossos irmãos em seus momentos de aflição e dúvidas e aconselhar as pessoas, seja em particular, com mais pessoas ou com ajuda da Igreja. Caso contrário, se nosso irmão peca e não o aconselhamos, o ajudamos, a nossa omissão nos torna também culpados pelo seu erro.
Preocupa-se com o outro e ajudá-lo é uma maneira de demonstrar amor, e “o amor é o cumprimento perfeito da lei [de Deus]” (Rm 13, 10). Quando vivemos em harmonia e amamos nosso próximo estamos obedecendo ao mandamento maior da lei de Deus: “amarás a teu próximo como a ti mesmo” (Rm 13, 9).
Por isso, levemos conosco e coloquemos em prática durante essa semana a mensagem de que somos responsáveis pela felicidade do nosso próximo e que podemos realizar isso através conversa e da convivência harmoniosa. A vida em comunidade, trocando experiências e ajudando-se mutuamente é o que agrada a Deus: “pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles” (Mt 18, 20).

“Uma semana repleta de Deus para todos vocês!”

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domingo, 4 de setembro de 2011

23º Domingo do Tempo Comum - Ano A


Santo do dia : Santa Rosa de Viterbo, virgem, +1252,  Nossa Senhora Consoladora,  Santa Rosália, eremita, séc. XII
image Saber mais sobre os Santos do dia

Leituras

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Beata Teresa de Calcutá
«Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu»: o sacramento da reconciliação

Evangelho segundo S. Mateus 18,15-20. 
«Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão.
Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas.
Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos.
Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.»
«Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu.
Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
 
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sábado, 3 de setembro de 2011

Sábado da 22ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Gregório Magno, Papa, Doutor da Igreja, +604

Leituras

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo Agostinho
«Recorda-te do dia de sábado, para o santificar» (Ex 20,8)

Evangelho segundo S. Lucas 6,1-5. 
Num dia de sábado, passando Jesus através das searas, os seus discípulos puseram-se a arrancar e a comer espigas, desfazendo-as com as mãos.
Alguns fariseus disseram: «Porque fazeis o que não é permitido fazer ao sábado?»
Jesus respondeu: «Não lestes o que fez David, quando teve fome, ele e os seus companheiros?
Como entrou na casa de Deus e, tomando os pães da oferenda, comeu e deu aos seus companheiros esses pães que só aos sacerdotes era permitido comer?»
E acrescentou: «O Filho do Homem é Senhor do sábado.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
 
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sexta-feira da 22ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Doroteia, mártir, séc. II
image Saber mais sobre os Santos do dia

Leituras

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Beato João Paulo II
Convidados às núpcias

Evangelho segundo S. Lucas 5,33-39. 
Disseram-lhe eles: «Os discípulos de João jejuam frequentemente e recitam orações; o mesmo fazem também os dos fariseus. Os teus, porém, comem e bebem!»
Jesus respondeu-lhes: «Podeis vós fazer jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles?
Virão dias em que o Esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão-de jejuar.»
Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém recorta um bocado de roupa nova para o deitar em roupa velha; aliás, irá estragar-se a roupa nova, e também à roupa velha não se ajustará bem o remendo que vem da nova.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho novo rompe os odres e derrama-se, e os odres ficarão perdidos.
Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos.
E ninguém, depois de ter bebido o velho, quer do novo, pois diz: 'O velho é que é bom!'»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
 
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A PARÓQUIA SÃO JOSÉ COMEMORA O MÊS DA BÍBLIA


A Cartilha da Caminhada

Pensando no mês da Bíblia de 2011

Tema: A Cartilha da Caminhada 
(Êxodo 15-18)

 


Nossa realidade nesse campo

A Bíblia é mais reverenciada do que conhecida. Houve muito progresso na leitura porque os nossos melhores biblistas de fato fizeram opção preferencial pelo povo. Mas ainda há muito desconhecimento da evolução da mensagem, da interpretação de acordo com o gênero literário e o contexto. De vez em quando deparamos de novo com aqueles velhos problemas que já deviam estar resolvidos. E, como hoje há mais liberdade para questionamentos, o catequista precisa estar mais seguro e atualizado.

O mês da Bíblia dentro da nossa Pastoral

Esse trabalho é

 Parte da pastoral de conjunto: a Bíblia é livro de todos

 Ligado ao que se faz durante o ano: CF, missão, catequese, organização paroquial...

 Um caminho de formação continuada

 Uma oportunidade para criar grupos bíblicos

 Um instrumento para valorizar o conjunto da Bíblia

 Um convite à oração a partir dos textos

A compreensão da Revelação na história

Nosso livro sagrado é especialmente “encarnado”, não veio do céu ditado por anjos. É fruto da percepção da ação de Deus na história. Ele vai sendo gerado por tradição oral e responde às necessidades de cada fase da caminhada do povo. Com isso, ele nos convida sempre a descobrir também o que Deus está nos comunicando agora, na história de cada um e da sociedade.

O Êxodo na tradição do Antigo Testamento

É um livro com um destaque muito especial. Ele trata do fato fundante mais básico da história de Israel. Se todos se consideram “filhos de Abraão” , as regras da vida judaica e a própria construção da identidade desse povo se alicerçam em Moisés. O próprio Deus se identifica a partir dos fatos narrados no Êxodo: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou do Egito, da casa da escravidão.” (Ex 20,1) E assim esse será lembrado, tanto em outros textos bíblicos, como nos momentos de aflição que o povo judeu viveu na sua longa história de perseguições e martírio.
No modo judaico de entender a história, todos os judeus, de todas as épocas, são chamados a se sentir presentes na libertação, na caminhada pelo deserto, na Aliança feita no Sinai.
Duas idéias são básicas e entrelaçadas no Êxodo: libertação e direito a uma terra. Ambas têm a ver com identidade. Ambas são interdependentes: de que serviria uma libertação sem o direito a um lar? E como esse lar seria diferente da escravidão se não se desenvolvessem aí valores de solidariedade, justiça e fraternidade?
Se quiséssemos comparar com o Novo Testamento diríamos que lá também temos duas idéias de efeito semelhante: redenção feita por Jesus (libertação do mal que pode nos seduzir e nos afastar de Deus e do irmão) e proposta de construção do Reino (uma “terra prometida” mais ampla, universal, definitiva).

A transmissão da mensagem gerando identidade e coesão no povo

A catequese judaica é – até hoje- narrativa. No Êxodo isso fica bem explícito: “E quando teu filho, amanhã, te perguntar: que significa isso? Tu lhe dirás: com mão poderosa o Senhor nos tirou do Egito, da casa da escravidão.” Ex 13,14
Na parte final do livro do Êxodo temos todas as recomendações para o culto, templo etc (coisas que evidentemente não poderiam ser feitas no “deserto” e configuram uma projeção do presente no passado). É de um modo muito bonito de dizer algo que os judeus repetem até hoje: a libertação liderada por Moisés não deve ser vista como um fato do passado. Todo judeu deve se considerar participante de tudo o que está descrito no Êxodo.
A tradição judaica diz que estavam lá até as almas dos que não haviam nascido.
Hoje, quando fazemos leitura orante, somos convidados a embarcar nesse tipo de viagem, a estar lá onde as coisas aconteceram. Isso é um instrumento poderoso na construção da identidade humana e religiosa.

A estrutura da narrativa do Êxodo

Podemos perceber 6 grandes blocos dentro do livro:


Evidentemente algumas partes desse texto não se relacionam de fato ao que podia acontecer no deserto mas projetam aí o que ia acontecendo depois do exílio com a reconstrução do templo. São fruto de uma tradição posterior, apresentada como algo alicerçado na história e na autoridade de Moisés. Tudo isso, porém, tem uma grande unidade porque se trata daquilo que constitui o fundamento da identidade do povo.

A parte que vamos estudar neste mês da Bíblia

Vamos tratar do segundo bloco, do capítulo 15 ao 18. É um período intermediário entre a libertação e o recebimento da Lei. É interessante chamar isso de “A Cartilha da Caminhada”´, um título que evoca nossa caminhada de hoje, a preparação para o discipulado mas também para a própria vida numa comunidade religiosa. O texto nos mostra algumas dificuldades, crises, dúvidas, mas também soluções que caberiam bem no nosso trabalho pastoral de hoje. É nessa ótica que vamos examinar o que o mês da Bíblia nos propõe.

Capítulo 15: precisam de água

Começa com um canto de louvor ao Deus “guerreiro”, ainda dentro do espírito do bloco anterior. É interessante observar que neste poema se pergunta “Quem entre os deuses é como tu? – algo que tem a ver com a gradual descoberta da identidade do Deus único, que se completará mais tarde.

Celebrada a vitória, agora os caminhantes têm que enfrentar as conseqüências da liberdade. Falta água no deserto. E agora? A água que conseguem encontrar é amarga. Na Bíblia a água aparece tanto como fonte de vida como de morte ( e até hoje não é assim?). Em qualquer conquista importante, de vez em quando vamos perceber que falta “abastecimento” ou que está a nosso dispor uma “água” que não é saudável. O povo resmunga nessa hora. E quem de nós já não viu algo parecido?

Moisés não resmunga, vai ao dono de todas as fontes. Deus lhe indica um jeito de tornar a água sadia. O texto relaciona essa água purificada com os mandamentos e leis do Senhor (que ainda não tinham sido solenemente entregues). Deus se apresenta como caminho saudável: Eu sou o Senhor que te cura. Não é uma cura milagrosa, no sentido sensacionalista, é a cura que vem de organizar a vida de acordo com os preceitos de Deus, que só quer o nosso bem e sabe o que é melhor para nós.

O capítulo termina com uma linguagem simbólica bem típica da Bíblia: chegam a um lugar com 12 fontes de água(número do povo, vida para todos) e 70 (sinal de plenitude no resultado da “água”) palmeiras.

Em nossa caminhada de hoje, poderíamos refletir:

 Que “águas amargas” de vez em quando aparecem? Como lidamos com isso?

 Em nossa catequese as leis de Deus aparecem como caminho de cura ou como testes de um juiz que pode nos ameaçar?

 Se quisermos fazer uma ligação com a CF: como andam as águas do planeta? O que fazer para que a terra seja esse lugar com “12 fontes e 70 palmeiras”?

Capítulo 16: as codornizes e o maná

De novo o povo reclama: “Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxeste a este deserto? Para matar de fome toda essa gente?” A maioria, ontem e hoje, quer conquistas fáceis e “confortáveis”, que não custem sacrifícios. Alguns talvez até prefiram opressão com acomodação, como o povo que vive querendo “favores” dos nossos parlamentares em vez de lutar por direitos. E lá se vai Moisés conversar com o Senhor. Deus manda as codornizes à noite e o maná no dia seguinte. É um sinal do que Deus fez e faz com a humanidade: Ele nos dá o que o ser humano precisa e muitas vezes nem sabe reconhecer.

Os estudiosos têm explicações menos “milagrosas” para as codornizes e o maná: as aves estariam em processo normal de migração, cansadas como seria normal e o maná seria algo natural produzido na região mas desconhecido para aquele povo. Isso não diminui, mas até enriquece a mensagem: Deus nos sustenta com aquilo que Ele mesmo já providenciou no processo “normal” da criação ( ou seja: teremos que agradecer pelo pão do nosso café matinal como o povo deveria fazer pelo “milagre’ do maná). Mas é preciso saber usar o que Deus nos dá.

Aí o texto vem com duas lições importantíssimas:

a) o recurso da natureza (representado no maná) é para ser usado , não abusado; é suficiente mas não deve ser alvo de ganância acumulativa; quem quer tomar demais para si vai ter um produto apodrecido. No uso dos bens que Deus nos dá temos que saber partilhar em fraternidade. A vida certamente será melhor e mais segura se todos tiverem o suficiente e ninguém quiser ser o “dono” do supérfluo.

b) Para guardar o sábado é lícito colher o dobro na sexta feira. Destaca-se o respeito ao sábado ( do qual até a natureza= maná faz parte) e indica-se a exceção por motivo justo. Isso nos faz até lembrar a fala de Jesus dizendo que o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.

Essa parte do texto foi bem trabalhada no texto base da CF 2011, aplicando-se aos recursos do planeta o que está simbolizado no uso do maná. Mas esse símbolo não serve só para a questão ecológica, diz respeito a todos os exageros egoístas que podem estragar a vida. Deus nos quer como uma grande família, onde todos cuidam de todos e ninguém busca acumular o que não precisa. A partilha e a necessidade de todos devem estar acima de qualquer acumulação egoísta. A questão do sábado também tem a ver, não somente com um tipo de adoração que um Deus exigente poderia desejar, mas com o bem de cada ser humano que precisa de ritmos significativos em sua vida. Nem só de “produção” vamos viver: precisamos de pausas, interiorização, enriquecimento interior. O sábado, nesse sentido, é mais um dom do que uma obrigação ( e que tal aplicar isso ao nosso domingo e nossa missa?)

Então caberia refletir:

 Como educamos para o uso fraterno e responsável do planeta?

 Percebemos (e ajudamos a perceber) as leis de Deus como algo que nos indica um modo melhor de viver?

 Vamos planejar a CF e o mês da Bíblia dentro de um trabalho orgânico, percebendo o fio condutor que une a reflexão?

Capítulo 17, 1-7: Olha a água de novo!

Falta água outra vez e o povo pergunta de novo: Por que nos fizeste sair do Egito? Em nossa caminhada também nãp é só uma vez que vamos sentir falta de algo essencial.

Falta confiança em Deus e reconhecimento da importância da caminhada que vai concretizar a libertação. Muita gente prefere acomodação, mesmo com horizontes bem estreitos, já sabemos.

Deus vai repetir o fornecimento de água, que dessa vez virá de um rochedo no monte Horeb (outro nome para o Sinai, o monte dos mandamentos) no qual Moisés vai bater com a mesma vara com que tinha feito prodígios no rio do Egito. O povo deve reafirmar a sua fé e sentir que Deus está com ele.

Reflexões para hoje:

 O que os Moisés de hoje deveriam fazer para que o povo se sinta acompanhado por Deus?

 Quais são as “sedes” que precisam ser aplacadas hoje com testemunho de amor e fraternidade?

Capítulo 17, 8-16: Sustentamo-nos uns aos outros?

No meio do caminho (como costuma acontecer na vida de todos) há uma batalha, há uma vitória que precisa ser conquistada. Os amalecitas atacam o povo. Josué fica no comando dos lutadores e Moisés, sinal da ligação com Deus, fica no alto da montanha de mãos erguidas. As mãos levantadas de Moisés levavam o povo á vitória mas quando ele se cansava o povo começava a perder a luta. Então Aarão e Hur, um de cada lado, sustentavam as mãos do líder e contribuíram desse jeito para a vitória.

Moisés apoiava o povo, Hur e Aarão apoiavam Moisés. Nossa vida, nossa pastoral, nossa família, nosso trabalho, nosso ecumenismo, nossa luta pela cidadania são batalhas assim, em que um precisa sustentar, apoiar o outro. Não dá para fazer grandes conquistas sozinho. Triste é a paróquia em que cada líder está sozinho, desligado dos companheiros! Pior ainda é quando, por ciúme, um se alegra com o fracasso do outro!

Reflexões para hoje

 A pastoral de conjunto, de que tanto necessitamos, exige uma espiritualidade que cultive o apoio mútuo. Estamos sabendo fazer isso?

 Quem já sustentamos em momentos difíceis?

 Como líderes, sabemos pedir socorro aos companheiros?

Capítulo 18, 1-12: Uma família se reagrupa

Jetro chega com sua filha Séfora e os dois filhos de Moisés (Gerson e Eliezer): a família se reúne, quer participar do que está acontecendo. A caminhada do povo é também a caminhada conjunta das famílias, que vão formar comunidade, que vão se ajudar mutuamente. Jetro era estrangeiro, sacerdote madianita, mas era sogro de Moisés e, como tal, faz parte da história do povo. Há partilha de notícias, Moisés conta a Jetro o que aconteceu na caminhada. O reencontro é celebrado com uma refeição comunitária, “na presença de Deus”.

Reflexões para hoje

 Como estamos contribuindo para a união das famílias?

 Como aceitamos em nosso meio a presença dos “estranhos, diferentes” que poderiam caminhar conosco?

Capítulo 18, 13- 27: distribuindo tarefas com equipes subsidiárias

Moisés estava tendo um comportamento centralizador, atendendo sozinho todos os problemas do povo, de manhã até a tarde. Jetro lhe diz que isso não está certo, que isso acabará esgotando Moisés e sendo ruim para o povo (por muito que Moisés seja visto como grande líder, íntimo de Deus, com uma história respeitável...). Sugere divisão de responsabilidades: homens de valor dentro do povo ficarão responsáveis como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. E para Moisés ficarão só as questões mais graves, que exigirem uma autoridade maior. Moisés aceitou a orientação e assim foi feito. Depois Jetro voltou para sua terra.

Nem é preciso dizer o quanto, como Igreja, estamos necessitados desse exemplo. Uma pastoral de conjunto se faz com tarefas divididas mas não isoladas. Organização não é o mesmo que centralização. Se nem Moisés devia ser um “faz tudo” , o que dizer de nossas lideranças: Dar oportunidade a outros é, além disso, um caminho inteligente para descobrir talentos escondidos e alimentar a solidariedade fraterna. Os destinos do povo devem ser decididos por todo o povo porque o Espírito de Deus repousa sobre todo o povo e não apenas sobre alguns (Cf Nm 11, 24-30).

Reflexões para hoje

 Como anda a divisão de tarefas em nossas comunidades?

 Na hora de fazer um planejamento participativo, como as pessoas se comportam?

 Moisés recebeu bons conselhos de alguém de fora. Sabemos aproveitar talentos que estão além do nosso grupo?

Refletindo sobre esses aspectos, podemos fazer do mês da Bíblia uma oportunidade importante para crescer tanto no amor à Bíblia como na espiritualidade que nos faz ser comunidades fraternas e solidárias. Estamos também numa caminhada rumo a um outro tipo de terra prometida, um mundo melhor guiado pelos valores do Reino. Juntos estaremos mais seguros, mais felizes e mais capazes de realizar nossa missão.

Fonte:  http://catequeseebiblia.blogspot.com/2011/04/cartilha-da-caminhada.html



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Quinta-feira da 22ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Egídio, abade, séc. VII,  Santa Beatriz da Silva, virgem, fundadora. +1490
image Saber mais sobre os Santos do dia

Leituras

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santa Teresinha do Menino Jesus
«Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens»

Evangelho segundo S. Lucas 5,1-11. 
Encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus,
Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes.
Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.»
Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.»
Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se,
e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando.
Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.»
Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera
a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»
E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
 
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