quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Critérios propostos por Bento XVI podem servir de guia para o voto cidadão

Estamos em período de campanha eleitoral e diariamente somos bombardeados por propostas políticas de candidatos que tentam conquistar nosso voto defendendo a bandeira do bem-estar social, da dignidade humana, do acesso à qualidade de vida e da luta pela justiça e pelo povo. Esse momento eleitoral é carregado de desafios e contradições e, devido aos exemplos de escândalos políticos e corrupções aos quais testemunhamos constantemente, é difícil perceber quem está falando a verdade e depositar a confiança em algum candidato. 

A Igreja Católica não se omite a essa realidade que tanto influi na vida da humanidade e nas necessidades básicas que é direito de todos. 

Por isso, a Igreja vem alertar, nós cidadãos, de que é tempo da verdadeira política, da possibilidade real de olhar para as necessidades de cada um e procurar satisfazê-las realizando o bem comum. A corrupção, que muitas vezes nos parece um mal sem solução, só será vencida com uma educação ao bem comum a uma consciência nova do eu, que permite que a humanidade de cada pessoa se realize, tornando-a protagonista da sua própria história e da construção do bem comum. 

Falando às autoridades, no Encontro Mundial das Famílias em Milão (02/06/2012), o Papa Bento XVI, citando Santo Ambrósio, nos propõe alguns critérios de discernimento que podem ser úteis nesse momento: 

1) Nenhum poder do homem pode considerar-se divino, e portanto nenhum homem é senhor de outro homem, esta é uma verdade central sobre a pessoa humana, que constitui um pensamento sólido da convivência social. 

2) A primeira qualidade de quem governa é a justiça, porque diz respeito ao bem da comunidade inteira. Mas ela precisa ser acompanhada pelo amor pela liberdade, que é um elemento discriminante entre governantes bons e maus, porque, como se lê numa carta sua, “os bons amam a liberdade, os perversos amam a servidão(Epistula 40,2). A liberdade não é um privilégio para alguns, mas um direito para todos. 

3) O Estado e suas leis servem e defendem a pessoa e o seu “bem-estar”, nos seus múltiplos aspectos. 

4) O primeiro direito natural é o direito à vida, cuja supressão deliberada nunca pode ser permitida. Assim, a legislação e as obras das instituições estatais deem estar a serviço da família. 

5) Neste existir do Estado para os cidadãos, a Igreja pode dar uma preciosa e construtiva colaboração, sem dúvida não para uma confusão das finalidades e das funções diversas e distintas do poder civil e da própria Igreja, mas oferecendo à sociedade sua experiência, doutrina, tradição e obras, com as quais se coloca a serviço do povo

6) As comunidades cristãs promovem estas obras não tanto porque o Estado não consegue garantir os serviços básicos à população, mas acima de tudo com superabundância gratuita da caridade de Cristo e da experiência totalizante da sua fé. “A ‘cidade do homem’ não é promovida apenas por relações feitas de direitos e deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão (Caritas in veritate, 6). 

7) Finalmente, a quantos desejam colaborar para o governo e a administração pública, Santo Ambrósio pede que se façam amar: “Aquilo que o amor faz, o medo jamais poderá realiza-lo. Nada é mais útil do que fazer-se amar”. 

Fonte: Movimento Católico Comunhão e Libertação

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